T. Rebouças a série I

andredecourt's Foto von 06.12.05

Iremos começar uma série sobre o túnel Rebouças, que será um pouco longa

Muitos pensam que o Rebouças é resultado dos planejamentos do governo Carlos Lacerda para a Guanabara, o que é uma informação equivocada, o Rebouças é um projeto muito mais antigo, ainda do tempo da PDF, e criado pela equipe do brilhante arquiteto e urbanista Afonso Reidy, que criaram usando prerrogativas do abandonado plano Agache, praticamente todo o sistema viário da cidade, isso no fim dos anos 40 e início dos anos 50.
Em entrevista para uma revista em 1954, no qual essa gravura e a de amanhã foram retiradas, o arquiteto falava da importância da construção do Túnel Rio Comprido-Lagoa, como mola mestra na ligação e integração da então capital federal, exclamando ainda que o túnel santa Bárbara, naquela época em início de suas obras não seria suficiente.
O curioso é que mesmo nessa antiga gravura o pedágio, proposto nos anos 60 pelo DER-GB, pois aí o Rebouças já estava integrado na Linha Vermelha também já era mostrado aqui, embora não saiba o porque de sua aplicação nessa época, nos anos 60 explicarei em breve.
Essa ilustração prejudicada pela resolução do fotolog, mostra como era projetado o acesso da Lagoa.
O pedágio ficaria por cima do viaduto de acesso, após o cruzamento com a rua Jardim Botânico, as demolições na área da rua Pio Correia seriam um pouco diferente das que ocorreram com a real execução da obra, algumas casa seria mantidas, e outras que chegaram a nossa época nesse desenho desapareceriam. Mas é no trevo de acesso ao túnel que em grande parte o projeto foi totalmente modificado, uma das alças de acesso engoliria a praça Gal. Alcio Souto, bem como os imóveis da rua Fonte da Saudade na embocadura da rua Bogari, até a área hoje ocupada pelo prédio da antiga Delfim, hoje faculdade da Cidade, seria ocupada pelo trevo.
De resto o projeto das vias de acesso ficou muito parecido com o que existiu até 1982 com a construção do viaduto Eng Humberto Vital Bandeira de Melo.
Amanhã continua……

Comments (35)

José Carlos Freire 06.12.05 07:52 …
E com projeto de arborização dentro do anel, coisa impensada nos dias de hoje.
Ontem, um “nativo” bem velhinho lá de Guadalupe me falou que o Guadalupe Country Clube surgiu primeiro do que a av. Brasil, confere?
Um abraço!
andredecourt 06.12.05 07:55 …
José, não posso te dar certeza, pois não sei quando o clube foi fundado, mas a Av. das Bandeiras, antigo nome da Av. Brasil quando ela ultrapassava o bairro de Parada de Lucas, só chegou em Guadalupe no final dos anos 50, aprox 1957/58.
Abraços !!
Rafael Netto 06.12.05 08:04 …
Pelo que estou entendendo isso aí ia ser um nó viário muito pior do que é hoje.
A pista que está no meio da foto seria um caos, juntando o trânsito vindo da Jardim Botânico, com o que viria do túnel no sentido do Humaitá, e mais aquele que viria do Humaitá pra pegar o túnel e a Fonte da Saudade.
Para entrar no túnel vindo do Humaitá, ou pegar a Fonte da Saudade, seria preciso retornar, pegar um pedaço dessa pista-caos e cruzá-la para enfim atingir a alça do viaduto ou a Fonte da Saudade.
Acho que seria obrigatório um sinal ali, igualzinho existe hoje. Só que hoje, o sinal é apenas para o trânsito que vai para a Fonte da Saudade, enquanto nesse projeto seria também para quem vai pro Rebouças.
Não se vê como seria o acesso do Humaitá para a Av. Alexandre Ferreira.
http://fotolog.terra.com.br/rafael_netto
letota 06.12.05 08:07 …
Poxa Andre, faz um fotolog de SP também …
Seu fotolog foi indicado por mim a vários historiadores, inclusive extrangeiros, como referência …
gde abrasssssssss
andredecourt 06.12.05 08:18 …
Rafael o transito da Jardim Botânico rumo a botafogo seria desviado para dentro desse sistema, na parte aonde hoje está o prédio da Delfim, acho que não haveriam sinais, sim um sistema muito parecido com o trevo do Santos Dumont ( trevo dos Estudantes )
Nos anos 60 a Alexandre Ferreira também era desconectada do sistema do Rebouças Rafael
luiz_d 06.12.05 08:21 …
Histórico registro!
Esta série, pela amostra, vai ser muito interessante.
Professor Decourt, mais uma vez, matando a pau!
http://fotolog.terra.com.br/luizd
meizinha 06.12.05 08:27 …
Não vou perder nenhuma fotinha…
🙂
lucia 06.12.05 08:57 …
Não vou ler o texto, qie estou sem tempo agora.
Mas aquela praça ali a direita, não é a Eugênio Jardim????????
:))
:))))
:))))))))
:))))))))))))
😛
Marcelo Almirante 06.12.05 09:00 …
Falando em viaduto, se alguém souber da data de inauguração do segundo viaduto da boca do túnel Santa Bárbara em Laranjeiras e do prolongamento do Paulo de Frontin até o Campo de São Christovão eu agradeço.
Em Laranjeiras – volta de 1982/83
São Christovão – volta 1980/81
Outro ponto interessante seria confirmar a primeira linha de ônibus a passar pelo Rebouças, que parece ter sido a linha 443. Alguém lembra da linha ?
Rafael Netto 06.12.05 09:10 …
Laranjeiras? Você está falando do viaduto Jardel Filho, que cruza a Pinheiro Machado?
Se for ele, foi um pouquinho antes da morte do ator. A placa original tinha o nome “Viaduto da via paralela” e foi trocada logo depois, quando ele morreu.
http://fotolog.terra.com.br/rafael_netto
photomechanica 06.12.05 09:29 …
Voce será uma boa fonte para historiadores extrangeiros que por estas terras passam.
:-)))
letota 06.12.05 09:35 …
Claro caro André vc já me inspirou mto … mas falta tempo … trabalho com publicidade. Mas ultimamente, meu pai tem pesquisado toda historia de meus antepassados, inclusive conseguido se corresponder com alemães, chegando documentos de antepassados via correio … mas logo mais, vou com certeza começar a fotografar, … é triste mas o estado dos arquivos de SP, principalmente dos cemiterios, estão em péssimas condições, e com mto manuzeio não vai resistir, mas eu vou fotografar tudo. Se deus quiser.
Gde abraço, e novamente obrigado pela inspiração.
jban 06.12.05 10:17 …
Lucia,
Essa aí é a Eugênio Jardim depois das obras do Metrô…
AG 06.12.05 10:39 …
Andresíssimo,
estou ansioso pela série toda.
Só depois darei um pitaco completo.
Não é segredo para você que tenho profunda ojeriza, aversão e má vontade para com todas as obras que desviaram recursos de um plano de “transporte de massa” para essa cidade, contemplando obras faraônicas para suportar o transporte mais egoísta, exclusivista, desperdiçador e, ainda por cima, poluidor que existe.
Mas como eu já estou sendo chamado de vovô Fracolino (o avô do Carequinha e da Aninha) dos flogs cariocas, quedo-me em obsequioso silêncio.
Mas que é um absurdo é.
photomechanica 06.12.05 11:25 …
Nem o vovô Fracolino era assim, tão insistente e radical, como este senhor quedado num silêncio obsequioso.
Alias, não sei se por ironia do destino, este nobre Barão de Santa Teresa depende de uma daquelas odiosas máquinas para o transporte egoista de seres humanos para que ele possa alcançar a paz de seu lar.
Sim, porque no alto de seu feudo não circulam maquinas próprias para o transporte de massa, a não ser quando ele pede uma pizza por telefone, e esta vem, como uma vingança do destino, transportada por uma motocicleta, que é o mais egoista dos transportes egoistas…
:-))))))))))))))
edubt 06.12.05 11:36 …
Domingo estava um transito infernal na orla da Lagoa. Neguim não tem o que fazer e vem de todos os cantos dessa cidade entupir as ja congestinadas Borges de Medeiros e Epitacio Pessoa, pra ver a arvore de natal. A policia não faz nada, Cet Rio idem e a Guarda Municipal nem se mexe. Resulado é o caos. O Rebouças tb parado ainda mais pq um motociclista havia se estabacado la dentro.
Dirigir nessa cidade esta cada dia mais irritante!
leflaneur 06.12.05 12:13 …
Vovô Fracolino???
photomechanica 06.12.05 12:28 …
Sim, Lefla, Vovô Fracolino.
Era o âvô da Aninha, melhor amiga da Luluzinha.
Ele tinha um boné engraçado que deveria ser do Carequinha, seu neto.
Alias, o Carequinha era da turma do Bolinha e usava um chapeu dentado que lembrava uma coroa.
rodperez 06.12.05 13:08 …
isso daí seria um caos total!
edubt 06.12.05 13:11 …
Vovo Fracolino foi do fundo do bau…
:-))))
:-))))))
leflaneur 06.12.05 13:19 …
Vovô Fracolino é do Arco da Velha!!!
AG 06.12.05 13:43 …
Pois é, Zé Rodrigo,
você não sabe o que eu chio quando vejo a precariedade do transporte coletivo (já nem falo de massa) para Santa Teresa. E olha que cada des-governante que pede voto naqueles longes, tem como primeira bandeira melhorar o transporte da famosa localidade. Sim porque, o bonde é um objeto de curiosidade turística e os ônibus (todos micros) na hora do pico, levam as pessoas até penduradas nas janelas. Confesso a você que, sempre que posso e estou de macacão e capacete, me arrisco a pegar um dos veículos que servem o laborioso e sofredor povo e Santa. As experiências têm sido todas positivas. Várias posições de yoga contorcionista aprendi ali. E todos os sapatos que eu perdi já estavam velhos e precisando serem trocados. Não deixa de ser um ganho.
Quanto ao vovô Fracolino, me admira muito o Leflaneur não conhecê-lo. Com certeza, de todos nós nestes bares do coração, é o que mais se identifica com ele. Evidentemente, não pela idade, mas pelo espírito crítico que muitos, maldosamente, podem chamar de caturrice.
Talvez esteja fazendo uma maldade me esquecendo do Sr. Tutu que, quando está “naqueles dias”, é um osso duro de roer.
photomechanica 06.12.05 13:49 …
Lembro a todos que, caso o complexo viário alvo desta nova série Decourtiana der um nó indesatavel, poderemos chamar para desatá-lo o brilhante detetive Aranha , que é o outro lado da personalidade do Bolinha França, mas isto já é outra história…
AG 06.12.05 14:22 …
Zé, então o culpado era o pai da Luluzinha. Lembra que qualquer coisa que o Bolinha iniciava as investigações comandadas pelo “Aranha” o primeiro suspeito era o pai da Luluzinha ?
A única salvação aí era entrar em contato com Mino o amigo marciano do Bolinha.
Outra coisa curiosa: se a revistinha fosse traduzida hoje para o português a turma inimiga do clube do Bolinha não seria, naturalmente, a turma da Zona Norte.
Que nome o tradutor daria ? Turma da Rocinha, do Pavão/Pavãozinho, turma do Vidigal, turma da Maré ?
photomechanica 06.12.05 14:58 …
Sem dúvida. Mas o velho Palhares (este era o sobrenome da Lulu), marrento como ele só, sempre tinha o rabo preso com a causa da investigação. O Bola, neste pormenor, não errava nunca, mesmo quando seu primo Carlinhos entrava em cena para atrapalhar alguma coisa.
Quanto a Turma da Zona Norte, o grande problema era com o chefe deles, Zico se não me engano, cuja irmã atraia com alguma veêmencia o Bolinha.
jban 06.12.05 16:08 …
Doktor AG defende o uso de Zeppelins privados para o transporte na cidade do Rio de Janeiro. Sua propriedade, o Castelo AG, em Santa Tereza é o local do único hangar particular de Zeepelin em todo o mundo, depois de Santa Cruz…
jban 06.12.05 16:16 …
Luluzinha: A protagonista além de muita esperta está sempre a combater o machismo dos meninos. Tem uma queda pelo Plínio.
Aninha: Melhor amiga de Luluzinha e irmã do Carequinha.
Carequinha: Melhor amigo do Bolinha e irmã da Aninha.
Alvinho: O garotinho que Lulu sempre é designada a tormar conta e para quem conta suas histórias.
Bolinha: Apaixonado pela Glorinha, detetive nas horas vagas (Aranha)
Plínio: O menino rico da turma, seu mordomo Anastácio faz tudo o que ele quer.
Glória: Além de fresca e de ter o nariz empinado é apaixonada por Plínio.
Juca e Zeca: Amigos de Bolinha e pertencentes ao clube.
Turma da Zona norte: Rivais de Bolinha e sua turma.
Personagens Secundários:
Carlinhos: Primo do Bolinha, está sempre criando confusão. Idêntico a ele só que menor.
Alcéia e Meméia: As duas bruxas que aparecem nas histórias que Lulu lê para Alvinho.
Pobre menininha: O alter ego de Lulu, presente nas histórias que conta a Alvinho.
Fifi: A amiga da Lulu que mora em Paris.
Mino: O amigo marciano do Bolinha.
Dona Marocas: professora
Seu Miguel: Inspetor que vive caçando alunos que matam aula.
jban 06.12.05 16:17 …
Perai !!! Tem um Alvinho !! Alvinho e Bolinha eram amigos …
Isso está me lembrando alguma coisa….
photomechanica 06.12.05 16:26 …
Outros:
Percival – papagaio da Dona Marocas
Leo Rabeca – prof de violino do Bolinha
Dona Nenê – mãe do Alvinho
Dona Marta – Mãe do Bolinha
França – sobrenome do Bolinha
ERRATA : Quem usava um chapéu vermelho que parecia uma coroa era o Zeca, e não o Carequinha como eu havia dito. O Carequinha era…carequinha e sem chapéu ou boné.
Palhares – sobrenome da Luluzinha
jaymelac 06.12.05 18:55 …
Grande André,
Mudando de pato pra ganso, e falando da praia de Ipanema: será que você lembra de uma idéia que chegou a ser publicada, acho que nem virou projeto, prevendo um aterro que ligava o Arpoador ao complexo das Cagarras, pra formar um novo bairro maior que Ipanema e Leblon juntos? Naturalmente seria financiado pela venda dos terreno resultante, com marinas e o escambau… Caso não lembre, consulte suas fontes; acho que era da fase do Sérgio Dourado, ou pós alargamento de Copacabana (a memória me falha). Seria interessante obter e publicar foto da maquete que juro ter visto…
andredecourt 06.12.05 20:45 …
Pois é Jayme eu me lembro dessa doidera, mas nunca vi nada digitalizado
leflaneur 06.12.05 20:47 …
Eu não sou caturro… Sou um pouco neurastênico. Achaques da idade.
tumulos 06.12.05 21:16 …
Ainda bem que não havia Cesar Maia nessa época, senão certamente teríamos pedágio no Rebouças, No Santa Bárbara e até mesmo no túnel da Rua Alice.
Valeu!
edubt 06.12.05 21:33 …
Vcs esqueceram o Prof Leo Rabeca, que dava aula de violino pro Bolinha…
:-)))))))))))
Rafael Netto 06.12.05 22:27 …
Delírios de arquiteto já houve muitos, aqui e em outros lugares do mundo. Teve um projeto do (acho) Sérgio Bernardes, no auge do movimento “abaixo a natureza, viva o progresso”, que propunha construir prédios colossais (acho que com 1000 metros de altura) espalhados pela cidade, cada um funcionando como um bairro vertical.
Outro, que quase saiu do papel, foi o Athaydeville, com suas setenta e tantas torres (Cruz credo!!!).
Já vi outro que propunha interligar todos os principais morros com teleféricos, para fins turísticos.
http://fotolog.terra.com.br/rafael_netto