Construção da Av. Beira Mar II

foto de andredecourt em 23/03/07

Hoje teremos a continuação de uma aérea não tão aérea que foi mostrada aqui no flog há duas sexta feiras atrás ( http://www.rioquepassou.com.br/2007/03/02/ )

A foto nos mostrava o início do aterro da orla do Flamengo para a construção da Av. Beira Mar, exibindo o arrocamento já praticamente todo feito e o início de seu preenchimento.
A foto de hoje foi tirada do mesmo local da anterior e mostra as obras na fase de acabamento.
O arrocamento ganhou o reforço da grossa amurada da Av. Beira Mar, que volta e meia é personagem em obras em nossa cidade, pela sua resistência, sua última aparição foi defronte a Igreja de Santa Luzia no Centro na construção de uma garagem subterrânea, e antes o Metrô já tinha sofrido para corta-la em alguns pontos durante a obra entre as estações Cinelândia e Glória.
O pier desapareceu, ou sendo desmontado ou engolido pelos aterros, mas as chatas ainda continuam ancoradas perto da pedreira do Morro da Viúva de propriedade da firma Januzzi & Cia, uma delas ficou abandonada semi submersa até as obras do Aterro, quando foi enterrada de vez, já nos anos 60.
A foto nos mostra também que a pequena Praia do Flamengo na foz do Rio Carioca desapareceu de vez, certamente a que vemos nas fotos antigas pós era Passos foi criada artificialmente.
A obra agora entrará na sua fase de acabamento, já podemos ver alguns canteiros deliniados, aparelhos de sondagem e os trilhos do pequeno carris de transportes de material, muito usado em obras públicas de grande vulto até os anos 30.

Comments (17)

Derani disse em 23/03/07 10:35 …
Um rio histórico, como o Carioca, que pode ter sido origem de nossa naturalidade devia ficar à céu aberto pelo menos perto da foz, no máximo com ponte sobre o Aterro.
Foi fonte d´água potável nos primórdios da cidade e era “uma lenha” para os portugueses recolherem água dali.
Haviam sempre índios ou franceses de tocaia, só esperando os portugas…
clauderio disse em 23/03/07 10:41 …
Decourt, com relação ao meu post, o Ed. Barão de Lucena é do mesmo arquiteto, Paulo Santos que o Ed. Pimentel Duarte porém com um ano de diferença, daí talvez a similaridade arquitetônica
Wagner Bahia disse em 23/03/07 10:47 …
Belo resgate. Entendo, agora, no livro Don Casmurro, de Machado de Assis, quando ele descreve a morte por afogamento de um amigo dele que foi nadar na baía, logo após o conjunto de casas no Flamengo.
isis_shiva disse em 23/03/07 11:08 …
não gosto mto da intervenções do pereira passos 😐
andredecourt disse em 23/03/07 11:21 …
Pois é, cidade sme Rio Branco, sem Beira Mar, sem Atlântica, sem Túnel Novo, sem Mal Floriano, sem Mem de Sá, com a Uruguaiana com a metade da largura, sem o prédio do Pedro Segundo, sem o porto, sem a Francisco Bicalho etc….. pois é tem gente que não entende o que foi o período Passos
Williams disse em 23/03/07 11:39 …
Falou pouco e disse tudo.
caucaia1 disse em 23/03/07 11:41 …
Olá André, agradeço a continuação. A história desta área me é particularmente de interesse.
Abs. e bom fim de semana.
Luiz D’ disse em 23/03/07 12:59 …
É por essas e por outras que não sei se aprovo ou desaprovo o Aterro.
http://fotolog.terra.com.br/luizd
wiredyou disse em 23/03/07 15:29 …
te felicito por tu fotolog que es diferente a los demás que por lo regular solo ponen tonterías
Adalberto Cabral disse em 23/03/07 17:57 …
Maravilhoso!!!!!!
Seam comentários.
[email protected] disse em 23/03/07 17:59 …
Mais uma vez marvilhoso!!!!!
Sou de Recife e gostaria de ver algo sobre o mesmo.
Parabens mais uma vez.
/andredecourt disse em 23/03/07 22:28 …
Caro Adalberto, sobre o Recife de ontem veja esse fotolog: http://ubbibr.fotolog.com/tc2
dexteram disse em 24/03/07 17:34 …
Caro andré, quando a gente entra em contato através dessas fotos, com realidades anteriores à nossa atual, naturalmente surge um sentimento nostálgico, pois todos gostaríamos de pensar o Rio com alguns dos seus traços coloniais que foram importantes no processo de formação da cidade e seus atributos naturais que se foram perdendo com o crescimento da metrópole. Porém, havemos de compreender que até o que nos é desagradável, também é parte de nossa história. Talvez nos falte compreensão do processo histórico para não fazermos julgamentos sobre o que já está feito.
um abraço
Marcelo Almirante disse em 24/03/07 22:17 …
Bom lembrar que foi graças a um paulista de Guaratinguetá – Rodrigues Alves, então Presidente da República, que partiu a iniciativa de reforma da capital.
PP foi contratado para a empreitada . Escolha “muito certa” por sinal.
apinnola disse em 25/03/07 11:32 …
Deus do Céu!! Imagina o pobre Rio sem o Pereira Passos…uma pena que ele não foi eterno, para extender sua visão de crescimento ordenado e de excelente gosto arquitetônico até os dias atuais e por toda a cidade, do Centro à Santa Cruz.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

+ 62 = 64