Prédio da Camisaria Progresso anos 20

andredecourts foton från 2008-02-14 

No final de Janeiro fez 50 anos que esse prédio, um dos símbolos da Belle Époque carioca foi destruído por um violento incêndio durante toda a madrugada e boa parte da manhã, que consumiu toda a construção, provocando seu desabamento posterior.
A Camisaria Progresso era uma das lojas mais tradicionais no final do Séc XIX início do XX e sua nova sede, o prédio que vemos, foi construído após as reformas de Passos, que provocaram o alargamento da Rua da Carioca.
Essa esquina sempre esteve no imaginário do Carioca, desde o séc. XVIII, onde funcionava nesse vértice, mas mais para o meio do atual traçado da Rua da Carioca, a sórdida Taberna do Jacá, um famoso bar de boêmios, e um dos percursores da grande concetração de bares, tabernas, salões, clubes e restaurantes da Praça Tiradentes no séc. XIX e início do XX, ainda presente em alguns poucos estabelecimentos que teimam em continuar funcionando.
Após o incêndio de 1958, a Camisaria Progresso construiu um feíssimo prédio, que está lá até hoje, sem forma, sem graça, sem arquitetura, um caixote que tenta ser moderno, mas está mais para um sobrado comercial do Estado do Rio.
Hoje o imóvel, feio, e sem a camisaria, falida em algum lugar dos anos 70/80, claramente decadente abriga no lugar dela um conjunto de lojas que não se destacam na paisagem.
 

Comments (7)

angemon 2008-02-14 07:42 …

…genial este registro!que maravilha de construção!
Dizia-se, à época, que a rua da Carioca era a mais brasileira de todas..começava com o café ORDEM e terminava na camisaria PROGRESSO….
bjs e bom dia!

rodperez 2008-02-14 07:58 …

Salve, André!

derani 2008-02-14 08:44 …

Hoje em dia, realmente um prédio medíocre com uma loja de ferragens enorme embaixo que não entra quase ninguém… incompreensível estar aberta.

caucaia1 2008-02-14 10:12 …

Delicioso este relato. Me lembro vagamente da Camisaria Progresso no novo prédio.

luiz_o 2008-02-14 10:58 …

É, tudo um dia acaba.

tumminelli 2008-02-14 20:16 …

O predio é uma belezura!
Sei qual a loja que o derani fala. Realemnte ta sempre vazia.
🙂

jban 2008-02-14 21:26 …

coisas da vida.

14 comentários em “Prédio da Camisaria Progresso anos 20”

  1. Nesse local existia o ponto cem reis que conferia a Camisaria Progresso um movimento só comparavel com a 5ª avenida em New York , com o fim da linha do bonde, o ponto comercial praticamente desabou.
    Ultimos donos.
    Depois do presidente Carlos Brandão que construiu o atual prédio, o negocio foi transferido para o comerciante José Tufick Simão, um forte atacadista e arrematador nos leilões da alfândega do Rio de Janeiro e SP, que possuía um comércio de importação na rua Gonçalves Ledo 57 . Após a morte desse, em 1969, a presidência da Camisaria foi transferida para seu filho mais velho Tufy Simão Neto e seus irmãos que indenizaram integralmente todos os 80 ou 100 empregados, inclusive os mais antigos (sorte deles, tratando-se de uma S/A) sendo a firma desativada “e não falida” e o ponto comercial negociado com Ban-tan Ramenzoni uma industria tradicional de chapéu que por algum motivo, decidiu montar uma filial logo aqui no Rio de Janeiro.
    O sobrado do atual prédio 2 e 4, literalmente trata-se de um enorme paredão sem janelas, a idéia, do arquiteto, era sustentar uma enorme tela de néon no formato de uma elipse, cortada de um foco a outro, com o logotipo da CAMISARIA PROGRESSO S/A e esse, circundado com a famosa frase – Não deixeis para amanhã o que podes fazer hoje – Compre Já –

  2. Lembrar, também que nessa esquina (á partir das 21:00 horas ) funcionava a barraquinha do tradicional “Angu do Gomes”.

  3. Estava buscando referências temporais que atestassem a legitimidade de uma flâmula do encouraçado Minas Gerais, da marinha brasileira, cuja única pista deixada é a etiqueta da Camisaria Progresso. A qualidade do seu site e dos seus frequentadores me permitiu satisfazer algumas questões. Muito obrigado e, parabéns.

  4. meu pai trabalhou na camisaria progresso desde os 17 anos de idade, seu nome era rubens dos santos. minha mae esta precisando de uma declaraçao que ele trabalhou na camisaria progresso para ela poder pegar o residuo do fgts do meu pai, pois ela nao ta achando a primeira carteira profissional de trabalho dele para complementar o tempo de servico , como vou fazer para conseguir .

  5. meu pai trabalhou na camisaria progresso desde os 17 anos de idade, seu nome era rubens dos santos. minha mâe esta precisando de uma declaraçao de que ele trabalhou na camisaria progresso para ela poder pegar o residuo do fgts do meu pai, pois ela nao tem mais a primeira carteira profissional dele. para complementar o tempo de serviço dele, como vou fazer para conseguir.

    1. É estranho que o sindicato da classe e nem o atual INSS tivessem um relatório constando o histórico dos sindicalizados e conseqüentemente contribuintes que trabalharam no RJ (e em outros estados) em épocas passadas, considero isso uma traição contra o trabalhador.
      Paulo Rubens Caramalho dos Santos, experimenta (não é certo) procurar na rua Gonçalves Ledo 57 – centro Rj. um ex-diretor da Camisaria Progresso chamado José Maurício ele deve ter alguma documentação antiga e se não tiver , com certeza vai se lembrar.

  6. Meu João Lourênco Portelo trabalhou muito anos nesta conceituada camisariame contava histórias fascinantes de Amizade, aprendizado e luta. Um delas é como conheceu o cosntrutor do bondinho do Pão de açucar Corcovado, hoje falecido sinto saudades das nossas conversas.
    Um grande abraço a todos.

  7. Estou feliz de saber que ainda existe muitos brasileiros que lembram-se desta linda cidade. Gosto muito de recordar sobre a minha cidade.
    Conto com vocês todos para mais recordações.
    Marly Soler

  8. Meu pai Alexadre Cezar trabalhou por anos na Camisaria Progresso. Ele assistiu, inclusive, ao incêndio do antigo prédio e, depois, à inauguração do novo.

  9. Meu Pai, Bernardo Vasques, trabalhou muitos anos na Camisaria Progresso onde fui muitas vezes visita-lo em criança. Me lembro do carinho de todos seus amigos sempre, que trabalhavam com ele. Ele tinha um primo que também trabalhou lá, Zezé Maia

  10. Meus pai Heitor de Azevedo era o cortador das camisas sociais da Camisaria Progresso, e minha mãe eracostureira. Se conheceram no trabalho e se casaram, e depois do incêndio montaram uma fábrica própriaem São Cristóvão, que só produzia camisas sociais.

  11. Gostaria de saber se alguém conheceu o Sr. Carlos Cruz Magalhães que foi gerente por anos (50) na Filial de Ipanema, o mesmo faleceu prematuramente no início anos 60 era filho de José Cruz Magalhães e Angelina Magalhães ( Portugueses) tinha filhos, ele era primo do meu pai que infelizmente também já faleceu, com isso perdemos o contato com a família, se alguém souber do paradeiro dos filhos, favor contactar [email protected]

  12. Olá meu nome é LUIZ, tambem trabalhei na camisaria progresso nos anos de 1967/8 perdi minha carteira de trabalho de menor e nao consigo fazer prova de tempo contribuição junto ao inss para fins de aposentadoria ,se alguem puder me dar alguma informação por favor me ajude, obrigado.

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