Alargamento da E. Velha de Jacarepaguá

Na nossa foto de hoje extraída de uma publicação com a impressão infelizmente de qualidade muito ruim vemos os trabalhos de alargamento da Estrada Velha de Jacarepaguá no final dos anos 40.
A Estrada Velha, surgiu no início do séc XX durante os governos de Rodrigues Alves na presidência e Passos na prefeitura, pois eram necessárias novas vias de penetração para o Sertão Carioca.
Na realidade ela já existia na forma de 3 antigos caminhos, que imaginamos serem muito precários, principalmente nas margens do sistema lagunar da Baixada de Jacarepaguá, não descarto inclusive a possibilidade deles serem interrompidos em alguns trechos. Esses velhos caminhos, as Estradas da Tijuca, do Anil e da Sernambetiba, unidas numa nova via fariam um trajeto contínuo desde a grande Tijuca, pois a Adm. Passos estava pavimentando e retificando o traçado de várias vias, entre elas a Estrada Velha da Tijuca, a de Furnas, Gávea Pequena, Barra da Tijuca etc…
Poucos anos depois na Adm. Prado Junior a Estrada Velha sofreu novas melhorias como iluminação em diversos trechos, troca da pavimentação, retificação de partes do traçado e construção de muretas em trechos críticos.
Mas com a popularização do automóvel e o desenvolvimento da região, ainda incipiente se comparando com os dias de hoje, a estrada sofreu a sua mais profunda mudança até os dias de hoje, na Adm. Henrique Dodsworth, foi duplicada em toda a sua extenção, ganhando a possibilidade de operar em mão e contra-mão com total segurança mesmo para veículos grandes. Nos anos 80 ela foi novamente duplicada em alguns trechos, notadamente no Itanhangá e na Muzema.
Mas nos dias de hoje o que era para ser uma das estradas mais bonitas da cidade padece pelo populismo, ingerência e desleixo do poder público.
Na sua chegada ao Anil, começou a se formar em 1982/83 uma das maiores favelas da região  a Rio das Pedras, surgida de um pequeno núcleo rural a favela avançou sobre o mangue, destruindo-o e praticando inúmeros aterros ilegais num solo turfoso de de grande complexidade, como pode se comprovar pelo condomínio de apartamentos abandonado ao seu lado desde os anos 80, que estava sendo construído pela Delfim e que está condenado, vários prédios já afundaram e outros foram empurrados para cima em alguns casos mais de metro devido a precariedade do solo.
Mas além de Rio das Pedras outras favelas surgiram destruindo não só o mangue com a faixa marginal das lagoas como é o caso da Favela Cambalacho e Vila da Paz, como também outras que galgam a encosta destruindo a mata atlântica como a Muzema, Santa Therezinha, Pai João e Itanhagá provocando graves danos ambientais apadrinhados por políticos oportunistas e suas milícias.