Av. Pres. Vargas

Nosso post de hoje faz, com outro postal de data ligeiramente posterior ao de ontem, uma comparação com o urbanismo da avenida no ângulo contrário, ou seja, por de trás da Candelária.
Sabemos que o período é posterior primeiramente pela troca de cor dos postes de iluminação para o prateado, mas a data não é posterior a 1955, pois o velho prédio da Herm Stoltz ainda está na esquina da Av. Rio Branco.
A proximidade com a Av. Rio Branco ajuda a rápida conclusão do que era previsto para a avenida, embora sobrados bem antigos e um  edifício de outra geração, inserido originariamente em tecido urbano diverso é visto na esquina com a Rua Uruguaiana.
Mas, se até esse ponto podiámos ver um novo urbanismo sendo implantado, após a esquina com a Rua Uruguaiana, onde primeiro lugar cessava o forte interesse imobiliário devido a proximidade do nobre ponto da Av. Rio Branco, e em segundo lugar pairavam as incertezas da passgem da Av. Norte-Sul, o crescimento da avenida foi freiado. e permanece praticamente freiado até os dias de hoje.
Se nos anos 50, existiam os sobrados das velhas ruas Gal. Câmara e São Pedro nas laterais, sendo levados a um processo de decadência durante essa década, a partir dos anos 60, com a conclusão de inúmeras desapropriações e da passagem do Metrô a Av. Pres. Vargas poucos metros depois da Av. Rio Branco começa mostrar a sua principal marca. A do vazio urbano e de grandes espaços sem nenhum proveito para cidade, situação que vai se repetindo até seu término no Trevo das Forças Armadas.
O que prova que sua realização e execução foi feita de forma totalmente errada e as tentativas para resolver o problema foram ainda mais desastrosas.

6 comentários em “Av. Pres. Vargas”

  1. Depois que estive em Buenos Aires cheguei à conclusão que a Rio Branco e a Pres. Vargas são cópias malfeitas da Av. de Mayo e da 9 de Julio. Com a diferença que a Rio Branco já chegou a ser tão bela (ou até mais) que sua equivalente portenha.

  2. Fato é a sensação que os moradores da zona Norte têm que a Central do Brasil fica no início da Presidente Vargas, quaando na realidade fica no meio. A sensação é decorrência deste ser um dos primeiros prédios a aparecer. Há o Teleporto, o prédio dos Correios, o Balança-mas-não-cai e o Piranhão do outro lado, mas muito pouca coisa. Parece que a tendência é ocupar com uns poucos prédios espaçosos. Como sugere o Centro de convenções que estão construindo na Cidade Nova.

  3. Prezado André Decourt,este e o post anterior são mais uma emocionante aula de Rio de Janeiro que você nos dá. Me permita repetir um verso da Adélia Prado, aliás bem lembrado pelo craque Tostão na Folha de S. Paulo do domingo passado: “O que a memória ama fica eterno”. Um abraço e parabéns.

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