Estrada da Água Branca

Nessa imagem do meio dos anos 50 vemos a então pacata Estrada da Água Branca em Realengo, uma verdadeira cidade do interior.
A velha via, surgida como rota de penetração para as propriedades rurais, engenhos e chácaras que existiam em toda a zona, considerada a porta de entrada do Sertão Carioca, estava sendo preparada como via de tráfego, paralela a Av. Brasil ( na época o trecho que tb estava sendo aberto tinha o nome de Av. das Bandeiras ) para a ligação de Deodoro até Bangu, com asfaltamento, colocação de meio-fio e calçadas, tubulação de esgoto e águas pluviais, recolocação do ramal da adutora e melhora dos serviços de água potável, com redes nos dois lados da via.
Com a construção do ramal Rio do Ouro no séc XIX  a via ganhou importância, pois se tornou um dos acessos as estações e a linha propriamente dita, posteriormente a via serviu de caminho para as tubulações de ferro fundido da adutora Rio do Ouro, antigamente tão importante para o abastecimento de água da cidade, nos tempos pré Guandú.
Hoje a estrada, continua com sua importância estratégica na região, porém a calma não só da imagem, como a de tempos idos que permitia a condução de gado para o abatedouro de Maria Angú se foi, e a via hoje, em alguns trechos acompanhada de favelas violentas como a Vila Vintém, o conjunto do Fumacê, é apenas mais um retrato dos subúrbios do Rio de Janeiro. Preparados para serem hospedeiros de atividades industriais e de serviços, abrigando mão de obra trabalhadora qualificada,  hoje abandonados ao deus dará e ao populismo, que aliás nessa região sempre teve raizes muito fortes, desde os tempos do Sertão.

14 comentários em “Estrada da Água Branca”

  1. Andei muito por aí na década de 60, assistindo a jogos do Departamento Autônomo. Era a maior tranqüilidade trafegar pelo subúrbio – era um tempo que lembra aquela música do Vinicius, Garoto e Chico – “Gente humilde”.

  2. procuro um morador desta rua q se chama Luis Paulo,e motorista de onibus,ele e meu primo e n o conheço,mais desejo muito o conhecer,quem conhecer por favor me mande respostas obrigado

  3. Procuro pessoas que possam me dar informações sobre o passado de minha família sei que o meu avô tinha um açougue,bar,e outras lojas nesta estrada,esses imoveis ainda estão por lá, so que eu gostaria de conhecer a historia dos meus antepassados, vovô se chamava Amaro Dias de Freitas e minha avó era Joanna Berth costa Freitas eles tiveram dois filhos Waldyr e Wilson de Freitas, diziam os antigos que a minha familia era considerada uma das mais tradicionais.Fico no aguardo caso alguem conheça essa historia.

    1. Olá, meu bisavô morou nesta avenida. Um dos genros dele, Antonio Pinheiro, tinha armazém e loja de material para construção nesta avenida. Meu pai e meus tios trabalharam um tempo com ele. Procura por seus antepassados no Family Search. Com certeza vai encontrar muita coisa lá. Boa sorte.

  4. Olá,
    Pelos idos dos anos 70 eu andava muito por essa região, pois tinha uma amiga de infância muito querida que morava aí. Gostaria de saber se vocês têm notícia de uma velha mansão abandonada, situada na estrada São Pedro de Alcântara, mais próxima à linha do trém, na altura de Magalhães Bastos. Lembro-me de ficar intrigada com a imponência da casa em meio às outras tão humildes. Meu pai falava que a casa estava sob litígio, por isso estava abandonada. Olhei nos mapas via satélite e achei que ela ficava no terreno atualmente ocupado pelo CIEP Oswaldo Aranha, mas em fim, eu era criança e tinha uma outra noção de espaço.
    Abraço,
    Geanine ([email protected])

  5. Morei no Fumace no começo dos anos 70, período muito difícil, mas muito didático da minha vida. Vc sabe onde consigo fotos atuais do conjunto?

  6. olá fiquei muito feliz e nunca imajinei que a estrada da água branca tivese passado por tantas mudanças muito bom estas fotos um abraço.

  7. O ciep Oswldo Aranha esta realmente aonde era o casarão antigo em Realengo.
    Eu vi e lembro da pavimentação da Estrada da Agua Branca, pois tenho 62 anos de Realengo e vivo de 1949 para 2011 toda sua historia e orgulho-me de fazer parte dela.
    Gostei muito de ter lido este site.

    1. Oi, Sr. Ronald,
      Que bom ver sua resposta! Cheguei a achar que o casarão fosse fruto de minha imaginação. O Sr. sabe de alguém que possa me dar mais informações sobre o casarão da rua Princesa Leopoldina? Fotos também são bem vindas.Se alguém tiver algo meu e-mail é [email protected]. Favor colocar no assunto casarão/magalhães bastos. Obrigada!

  8. A foto mostra o ponto entre a Estrada da Água Branca e a Rua Gal. Jacques Ouriques, o prédio a esquerda ainda continua lá.

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