Recreio dos Bandeirantes, Canais de Sernambetiba, do Cortado e das Tachas final dos anos 60

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Nossa foto de hoje, mostra os investimentos feitos pelo Estado da Guanabara, que visavam preparar a região, que abrigaria a futura expanção da cidade.
Estamos onde hoje se vende como final do Recreio dos Bandeirantes, até os interesses dos especuladores imobilários sumirem com as localidades de Piabas, Pau Ferro, Caeté, Currupira e Rio Bonito, regiões a beira da Serra da Grota Funda. Que perigam desaparecer e virar Recreio, como aconteceu com Gardênia Azul, Curicica etc.. misteriosamente tranformadas em Barra da Tijuca.
A foto mostra o grande Canal de Sernambetiba, um importantíssimo escoadouro da região alagadiça que corre por de trás do Recreio e vai até Vargem Grande e Pequena. Vemos também o Canal das Taxas, com suas margens recém regularizadas pela SURSAN e o discreto Canal do Rio do Cortado, chegando no extremo inferior esquerdo da foto.
A Estrada Vereador Alceu de Carvalho, uma das mais importantes ligações para Vargem Grande e Pequena, ainda era de terra, e só seria de fato em muito melhorada nos anos 90.
A região ainda era rural, vemos várias plantações em pequenas propriedades, que certamente aproveitavam a grande quantidade de água da região, uma das mais “molhadas” da cidade.
O viaduto, além da importância na ligação da Baixada de Jacarepaguá, com outras regiões da Z. Oeste, como Guaratiba e C. Grande, fazia parte da BR-101, trecho da Rio Santos, que partia do Quebra-Mar e hoje engolido pela urbanização.
As águas deviam ser limpas, pois a região não sofria o surto de urbanização equivocada que vem a acompanhando nos últimos 10 anos, condomínios e mansões construídos sem rede colhetora de esgotos e a favelização galopante de áreas maginais de canais e rios dessa grande bacia, que já transfomou o Canal das Taxas numa grande vala de esgoto.
É interessante comprovar o investimento feito nessa região à época, uma região distante da cidade e que só seria ocupada com força a partir da segunda metade dos anos 90, com os investimentos posteriores, quando de fato a região começa a ser ocupada. Infraestrutura é uma palavra maldita, pelo visto, pelos administradores dessa cidade pós socialismo moreno.