O último mistério de Ferreira Júnior

Infelizmente o fantástico lote de fotos de Ferreira Júnior, nos repassado por seu afilhado Sidney Paredes vai se findando, sobram ainda algumas pouquíssimas fotos que apesar de ótimas repetem cenários e temas que já exploramos como o Grand Prix do Rio de Janeiro e Carmem Miranda, mas fica aqui o maior mistério das imagens, maior que o local de pouso das fotos do Zeppelim e da Feira de Amostras, aonde fica ou ficava o que é mostrado nessa imagem.
De início pensei em alguma grande sub-estação da Light, perto de Ribeirão das Lages ou Funil, mas o que me chama a atenção é a linha férrea a qual vemos em primeiro plano mas que depois das duas construções mais ao fundo sobe de forma íngreme a colina que fecha a imagem e que aparentemente poderia ser contornada ou quebrada.
Sinceramente não tenho a mnor idéia onde o fotógrafo estava, portanto, isso é mais que uma mera pegadinha, mas sim uma investigação a qual conto com o conhecimento dos amigos visitantes.

18 comentários em “O último mistério de Ferreira Júnior”

  1. A-Háaaaa!!! descobri !!!!! é Ribeirão das lages mesmo !
    aqui nesse site tem foto do ” trolley” subindo o plano inclinado!! Um achado !
    e uma amostra do texto:
    ” A usina de Ribeirão das Lages e o troley a gasolina que em 1911 subia o plano inclinado até a represa. ABAIXO: Baldeação do ramal da Central que vinha da estação de Lages para o trolei que seguia para a usina. A baldeação era feita na represa de Lages. Reparar no carro da Central, em 1911 ”
    link : http://www.estacoesferroviarias.com.br/efcb_rj_linha_centro/lages.htm
    Adorei a investigação! manda mais !!!! Um abraço !!

  2. O Luís Felipe deu show. E, coincidência, colocou “link” para foto de nosso amigo PHGomes, na qual o primeiro comentário tinha sido meu.
    Acho que teria sido difícil “matar a charada”.

  3. A foto me fez lembrar de um detalhe que, recentemente, a querida Tia Jurema registrou:
    – Além de ser o fotógrafo oficial da ABI, Ferreira Júnior trabalhava também para as então chamadas “Light and Power” (canadense), atual Light Serviços de Eletricidade e “Societé Anonyme du Gaz” (francesa), hoje CEG.
    Aliás essa última, traz uma longínqua recordação de minha infância, que eram os carrinhos que deslizavam sobre trilhos no alto, sobre a Francisco Bicalho, no local denominado Gasômetro, vindos do Cais do Porto, carregados de carvão importado, de onde se extraía o gás, naqueles tempos de pouco petróleo em nosso país.
    Época maravilhosa, mas como não podemos repetir o velho começo, certamente, cariocas que somos, saberemos construir um belo final!
    Gosto muito de uma frase lapidar do grande Paulinho da Viola:
    – Eu não vivo no passado. O passado é que vive em mim!
    PS – Prezado André: estou pensando em procurar a ABI para propor uma exposição das fotos de Ferreira Júnior.

  4. Prezado André,
    Faltou dizer o principal:
    – Muito obrigado, em meu nome e da família, pelo excelente resgate que você proporcionou do trabalho de Ferreira Júnior!
    Os seus comentários, André, deram ainda mais consistência e profundidade à obra impecável do mestre, retratista de um Rio já distante, mas que insiste em pulsar forte dentro de nossos corações.
    Se pudesse usar a linguagem musical, diria que à melodia leve e ao mesmo tempo densa composta por Ferreira Júnior, você, André, e todos aqueles que adicionaram comentários enriquecedores, acabaram por escrever a letra da música, criando, assim, uma sinfonia coral, ficando tudo mais completo, mais bonito!
    Grato, também, a você e aos amigos que apoiaram a idéia da exposição patrocinada pela ABI!
    Caso a iniciativa prospere, voltarei a lhe falar, buscando a sua ajuda na organização.
    Forte abraço a todos!

  5. A contribuição destes fotógrafos formidáveis para o conhecimento da nossa história é inestimável.
    Tenho aprendido muito sobre a nossa história recente através dos fotologs. Acho que o estudo da história recente do Rio de Janeiro deveria fazer parte do currículo escolar. Com este material formidável muitos se interessariam pela cidade o que aumentaria a consciência de preservação, as discussões sobre que rumo tomar e o próprio amor ao Rio de Janeiro.
    As futuras gerações poderiam não cometer os mesmos erros na condução da cidade.

  6. Quando marcarem essa exposição na ABI me avisem!
    E, estou sentindo falta de novas exposições das maravilhosas fotos do André, como a que ocorreu, outrora, na estação Siqueira Campos ! ( já tem tanto tempo que até uma foto dessa exposição já poderia ser ” Rio Antigo ” !! )

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