Demolição das ruínas da A Exposição, julho de 1953

O misterioso AD publicou em seu fotolog imagens do violentíssimo incêndio que destruiu a loja A Exposição na Av. Rio Branco (  http://fotolog.terra.com.br/sdorio:2171 –  http://fotolog.terra.com.br/sdorio:2175 ), a época o pior incêndio da cidade desde a destruição do Parc Royal no Largo de São Francisco.
O imóvel embora modernizado por fora (sem os ornamentos ecléticos) e possivelmente por dentro, continuava sendo um típico prédio da primeira geração da Rio Branco, fachada de alvenaria com o interior em estrutura metálica e pisos em madeira, o que explica a violência do incêndio e a total destruição do imóvel, que certamente estava recheado de materiais inflamáveis, agravando ainda mais a situação.

Com o desabamento de todo o interior, as fachadas calcinadas pelo fogo e já semi arruinadas se traduziam em um grande risco e precisavam ser removidas, mesmo que significasse o completo desaparecimento do prédio.

Dois dias depois do sinistro, e com um enorme público que se espremia no encontro da Rua São José com a Av. Nilo Peçanha, a PDF iniciou os trabalhos de demolição.

A técnica utilizada foi a que envolvesse o menor número de vidas humanas, os bombeiros com as magirus amarravam um cabo de aço em torno de uma viga da fachada e um pesado reboque, possivelmente do DER-DF tracionava o cabo até o que restava da estrutura ir ao chão, do modo mais controlado possível.
Com o fim do prédio os planos de anos antes de criar um corredor viário do Castelo até a Central ganhava forma, pois como no caso do Hotel Vogue o prédio mais valioso do quarteirão perdia sua substância, bastando apenas desapropriar o terreno não edificante. Mas o processo de desapropriação do resto vdo quarteirão foi lento e coube, 15 anos à frente, a construção de um prédio pela inciativa privada as condições finais para o prolongamento da Av. Nilo Peçanha. Vemos alguns objetos interessantes do mobiliário urbano da época como o sinal de pedestres que utilizava as palavras ( siga e pare) em neon.