Tomada do Morro da Babilônia, anos 30


Nossa foto de hoje faz um pequeno paralelo com a foto postada segunda passada, que mostrava as obras da criação do conjunto do Túnel Novo, no lugar do velho e estreito túnel do início do Séc XX que não conseguia mais atender o crescimento da  zona oceânica da então Capital Federal.
A imagem, retirada de uma velha publicação, de impressão precária apresenta um reticulamento sofrível, mas podemos observar o início do processo de verticalização do bairro no Posto II, mas o que eu chamo a atenção é para as dimensões originais da Praça Demétrio Ribeiro na parte inferior esquerda da foto.
A praça já ajardinada e urbanizada, estava nesse momento inserida no contexto urbano, diferente de imagens mais antigas onde a praça cercada por terrenos vazios e ruas recém abertas perdia muito da sua real dimensão.
Na extremidade rumo ao Posto VI da praça vemos a Rua Prado Júnior e na sua esquina o prédio do então Armazém Londres ( http://www.rioquepassou.com.br/2003/12/25/1329/ ) uma das sofisticadas casas de alimentos que haviam no bairro. Vemos a Rua Barata Ribeiro e no cantinho inferior esquerdo a Rua Salvador Correia, vemos também a Rua Felipe de Oliveira com o seu lado junto as fraldas do Morro da Babilônia totalmente vazio e também seu trecho que desapareceu com a “quaduplicação” do Túnel Novo.
Podemos ter uma idéia do tamanho da obra, que só foi possível por estar um grande trecho, até a Rua Ministro Viveiros de Castro sem construções, ocupadas por quadras de tênis do Botafogo FC. Mas a abertura da via, até seu encontro com a praia foi penosa, a custo de vultosas indenizações e a macabra sorte do incêndio do Hotel Vogue.