Rua Jardim Botânico anos 60


Nossa foto de hoje mostra a Rua Jardim Botânico, bem defronte ao portão principal do velho jardim, fundado por D. João VI.
Estamos na segunda metade da década, não só os automóveis no indicam o período, mas vemos que apesar dos trilhos dos bondes ainda engastados no asfalto, a rede já é para trolleys, num dos arranjos que foi uma das causa de seu insucesso, usar a velha rede de cabos de aço dos bondes para sustentar a rede nova, ao contrário de postes com braços exclusivos, o que foi adotado nos primeiros trechos, mas abandonado pela pressa da inauguração de mais linhas e também custos.
A iluminação, já nas calçadas, arranjo este feito ainda nos anos 40, manteve as luminárias a meia altura em postes padrão Light, que em breve seriam substituídas, por volta de 1968/69 pelos braços curvos com luminárias a vapor de mercúrio, curiosamente instaladas só de um lado da via, deficiência esta que perdurou por quase uma década na Rua Jardim Botânico.
As calçadas junto aos muros e Vila Hípica do Jockey ainda estavam bem conservadas e os sobrados hoje em ruínas e emparedados nesse trecho do clube certamente ainda deviam ser usados.
O mesmo local hoje:  http://goo.gl/maps/RDQvo

18 comentários em “Rua Jardim Botânico anos 60”

  1. Típica imagem do trânsito do Rio nos anos 60: carros coloridos e estacionados sobre as calçadas.
    A Jardim Botânico se prestava a bons “pegas”, à noite, com pouco movimento…

  2. Seguindo em frente chegava em casa.
    Lembro quando os ônibus elétricos foram desativados, cortaram os cabos da rede e deixaram os cabos de sustentação durante um tempo.

    1. Os ônibus elétricos deram certo!
      Decisões autocráticas de governantes cariocas os desativaram. Os ônibus foram postos fora de serviço trabalhando redondo (ônibus, garagens, estações de energia), ao contrário do serviço de bondes que foi paralisado quando já não se investia mais na concessão.
      Há farto material na rede (www) contando essa história.
      Saudações.

  3. A rua Jardim Botânico é uma dádiva do serviço de bondes que demandava ao Leblon.
    Com um tratamento paisagístico muito simples no lado ocupado pelo Jockey Club (onde foi espelho d’água), este trecho poderá ser um dos mais bonitos do Rio em sua área essencialmente urbana.

  4. “A iluminação, já nas calçadas, arranjo este feito ainda nos anos 40, manteve as luminárias a meia altura em postes padrão Light, que em breve seriam substituídas, por volta de 1968/69 pelos braços curvos com luminárias a vapor de mercúrio, curiosamente instaladas só de um lado da via, deficiência esta que perdurou por quase uma década na Rua Jardim Botânico.”
    Seja as antigas CEE e CME, foram instaladas redes compostas por 2 ou 3 fios finos, independente da rede de 127 V da Light que eram abastecidos por um transformador abaixador de tensão escritos CEE ou KEY, dependendo da época que foi implantada essas redes. No caso concreto que eu vi na década de 80, quando garoto, vi essa situação em Coelho Neto nas Ruas Emílio Goeldi e Agenor Porto, nas ruas do Conjunto Cesarão em Santa Cruz e, ainda em Santa Cruz, em boa parte da Rua Felipe Cardoso (fora do Centro de Santa Cruz), todos em 1982. Nesses 3 exemplos, a rede da Light só servia para abastecer as casas/comércios e não as luminárias que tinham uma rede independente.
    No caso da Rua Jardim Botânico, no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, eu via essa rede independente da Light nos 2 lados da via (possivelmente, corrigir essa deficiência dito no texto. Se não me engano, eu vi uma foto das enchentes de 1988, vendo a mesma situação que vi ao vivo a cores, só mudando a luminária que foi trocada da vapor a mercúrio para a vapor de sódio.
    Mesmo da ação da atual Rio Luz em desativar essa rede independente desde de 2002 em toda a cidade (noção no Google Street View), na Rua Jardim Botânico, mal ou bem, continua essa rede independente sob a responsabilidade da Rio Luz.
    O que é engraçado, por parte das antigas CME e CEE, percorrendo o RJ, houve um avalanche de pontos de luz de responsabilidades deles na Zona Sul, no Centro e parte da Zona Norte (em especial a partir do Grande Méier). Enquanto isso, na Zona Oeste, vias movimentadas que passam ou passavam ônibus, ainda havia aquelas luminárias da Light que penduraram entre 1993 a 1997. Mesmo tendo vias movimentadas com luminárias da Light, vi algumas vias que houve mudanças de luminárias por parte da antiga CME em parte da Avenida de Santa Cruz em Realengo/Padre Miguel/Bangu e na Rua Francisco Real em 1985 mais na Rua da Feira em Bangu em 1987. Pela Internet, reparei que houve a mesma coisa na Rua São Clemente porque vi uma foto de 1973 e, vendo quando garoto em 1984/85, com uma outra luminária e, pelo relato do texto, pode ser que a Rua Jardim Botânico tenha sido do mesmo “processo” que houve em parte da Avenida de Santa Cruz, por exemplo, que supostamente tenham corrigido a tal deficiência de iluminação na Rua Jardim Botânico.

    1. A Rio Luz continua com sua rede independe, com transformadores próprios, mas recebendo média tensão da Light. A implantação das luminárias da CEE começou pelo subúrbio da Leopoldina e nas novas vias abertas no Governo Lacerda, como o Viaduto dos Pracinhas. As vias secundárias da Z. Da Leopoldina e da Z. Oeste só começaram a ter as luminárias trocadas no início dos anos 90. Mas mesmo com luminárias Econolite já não usavam mais lâmpadas incadescentes mas sim lâmpadas de luz mista.

  5. Muito legal o colorido dos carros (agora é tudo cinza!) e o crescimento das palmeiras intermediárias. Elas eram apenas do tamanho do posto de entrada…

  6. Caro PauloZ : Já li sobre o assunto ,mas a máfia dos onibus a diesel deve ter sido a pá de cal no sistema.

  7. Estimados. Estou desenvolvendo um tema sobre sinalização viária e recordo que nos anos 60 ou 70 foram instalados espelhos convexos em algumas ruas da Zona Norte. Se alguém puder fornecer detalhes será de grande valia. Aproveito para louvar a excelência da página.

    1. Havia um no Largo do Ibam no Humaitá, me lembro que ele ficava em uma grande placa acrílica ou plástica branca, praticamente retangular. Por debaixo do espelho ficava em preto, em baixo relevo a palavra “detran”

  8. Caramba Andre,tema dificil de ser encontrado,mas vamos tentar.
    Lembro-me que vários form roubados.

    1. Descobri que os espelhos começaram a ser instalados por volta de 1968, previa-se a instalação de mais de 2.000 deles por toda a cidade, o que não ocorreu certamente, pois no meio dos anos 70 não víamos muitos pela cidade.

      1. Estimado,
        Muito obrigado. Com o ano informado pelo amigo encontrei várias matérias no arquivo do O Globo. Os espelhos eram bons, ocorre que por serem convexos deformavam a profundidade. O condutor olhava o espelho e via o outro veículo mais distante do que estava realmente, entrava na via e causava o acidente. Com raiva da vida quebrava o espelho.

        1. Caro amigo, se os espelhos NÃO fossem convexos não poderiam fazer o serviço que se propunham!!!
          Neste momento em que estou escrevendo muitos motoristas estão usando usando espelhos convexos nos seus veículos. Não consta que eventualmente participem por se utilizarem de espelhos convexos e sim porque tomaram alguma decisão errada.
          Saudações.

          1. Acho que na época foi a pura falta de costume, no mundo todo, principalmente no Japão e na Europa se usa esse tipo de espelho. Acho que o Brasileiro é preguiçoso para se habituar a eles

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