Lapa e arrasamento do Morro de Sto. Antônio segunda metade dos anos 50


Nossa foto de hoje mostra a Lapa clássica, ou seja ainda sem as demolições atabalhoadas implementadas a partir dos anos 60, praticamente todo o tecido urbano estava íntegro, mesmo ruas hoje estéreis como a dos Arcos tinha todos os seus imóveis, na do Lavradio apenas a cabeceira do que seria a Av, Chile havia sido rasgada.
O meio do morro já havia sumido e sua terra jogada no Saco da Glória formando, embora de forma diversa, o imaginado por Agache. mas também o que forçaram Reidy fazer nos anos 40. Na área do SDU hangares e pistas de taxiamento se espalhavam sobre áreas hoje públicas, a Praça Sen. Salgado Filho era praticamente encravada dentro do aeroporto. O MAM ainda se resumia ao seu primeiro bloco, hoje ocupado pela Cinemateca e Restaurante, ainda havia áreas dentro d’água ao lado do museu, bem como o bico do SDU ainda tinha formato diverso de hoje, do Congresso Eucarístico  ( http://www.rioquepassou.com.br/2004/08/07/pegadinha-resposta-congresso-eucaristico/ )  nada mais sobrava, parecia que nunca havia acontecido, bem o como o Monumento aos Mortos da Segunda Guerra não estava ainda sendo construído ( www.rioquepassou.com.br/2006/08/02/aterro-da-gloria-inicio-dos-anos-60/ ), no seu lugar aparentemente havia um mafuá.
Os Arcos ainda estavam com suas duas arcadas duplas, e com muitas construções “aderidas”, como na região da Rua dos Arcos e na Evaristo da Veiga, que ainda não havia sido segmentada pela esplanada criada no governo Chagas (http://www.rioquepassou.com.br/2005/06/27/av-norte-sul-vi/ ) .
Nas abas restantes no morro chama a atenção o enorme número de barracos, como vimos  no post anterior.
Uma foto para se ver em alta definição.

10 comentários em “Lapa e arrasamento do Morro de Sto. Antônio segunda metade dos anos 50”

  1. Caramba que surpresa feliz que o site voltou a ser atualizado. Eu passei os últimos 3 anos entrando aqui quase todo mês, sempre com uma pontinha de esperança muito distante, agora pareceu até presente de Natal. Vida longa!

  2. Boa tarde a todos.
    Bem, eu não choro derrubada de Morros, pois nessa cidade desgastada em todas as formas, se estivesse de pé, seria mais uma antro de bandidos, ignorantes de baixo nível de instrução, e área de Político para capitanear votos, além de suspeitas ONGS, inclusive internacionais que alegam lutar em prol dos mais necessitados e, claro, não poderia faltar a corja da Esquerda que muito também contribuiu para se destruir o RJ ao lado da Direita conservadora.

  3. Wolfgang, o que fizeram com a região da Lapa foi inominável, mas nem as demolições salvaram o Rio. Talvez esse vazio sirva de palco para um renascimento urbano. Não há como piorar. O fato é que apesar dos reacionários de plantão, não há como reverter esse quadro com frases feitas e a natural postura “embolorada” de alguns é compreensível, seja pela senilidade, seja pela falta de visão, ou mesmo por motivos “ocultos”. A história é rica em exemplos nobres e positivos. Não existe na história moderna exemplos de nações desenvolvidas e de primeiro mundo que tenham chegado à esse estado pacificamente, seja por causas naturais ou provocadas como revoluções, guerras civis, massacres, etc. A África é cheia de exemplos de nações em conflito. Afinal em breve nos igualaremos à ela, não falta muito…

    1. Joel.
      Quando você fala de que estamos virando África, e você não é o único a me dizer isso, saiba que para muita gente aí, principalmente da Esquerda, da área Política, e das ONGS, além da Mídia, está adorando isso.
      Esses adoram em saber de que o Brasil está virando África. Afinal de contas, ser militante nesse país deu certo.

      1. Por isso eu acho que a porção “caucasiana” do Brasil há de reverter esse quadro. Sem entrar em “retóricas politicamente corretas”, a situação é seríssima. As declarações de Torquato Jardim são de uma veracidade impressionante.

  4. Se eu estiver certo, só consigo identificar:
    Na borda inferior da foto, a rua do Lavradio.
    E a rua do Batalhão, Evaristo da Veiga.
    O restante? Estou perdido!

    1. Vemos claramente as seguintes ruas: no pé da foto as do Lavradio e a Av Gomes Freire. No meio saindo dos Arcos a dos Arcos propriamente dita em sua inflexão até cruzar a do Lavradio e continuar como do Rezende. No canto direito vemos a Av Mem de Sá e a Rua do Riachuelo. Em direção ao Passeio temos o trecho desaparecido da Mem de Sá, a Visc. de Maranguape o Largo dos Pracinhas, junto ao prédio alto logo após os Arcos.

  5. Existem em Niterói morros que precisam ser demolidos já que formaram horríveis favelas.Ainda assim Niterói é um ótimo lugar para se viver.

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