A industrial Marquês de S. Vicente final dos anos 50

Ao vermos essa imagem do final dos anos 50 da rua Marques de São Vicente num dos seus pontos mais valorizados praticamente todas as pessoas ficariam perdidas. É outra rua, quase todos os imóveis que vemos aqui desapareceram nos últimos 30, quando a Gávea,m apesar de imprensada num dos piores trânsitos da Zona Sul Carioca se valorizou e ganhou um forte movimento especulativo, notadamente na sua rua mais movimentada e com menos restrições de gabarito e taxa de ocupação dos terrenos.

Na esquerda junto ao posto, vemos o muro da Igreja de Nsa. da Conceição, que se encontra praticamente igual, exceto pelas duas “compoteiras”  colocadas nas laterais do portão principal.
O posto Atlantic sobreviveu até o final dos anos 80 quando foi desativado, passando alguns anos fechados até ser construído um prédio residencial no seu lugar. Após a igreja o pequeno prédio art-dèco continua no lugar, mas com as janelas trocadas e gradeadas, bem como um painel fecha o intervalo entre as duas marquises.
Já do lado direito quase todos os imóveis, alguns claramente do séc. XIX, ainda do tempo do largo das 3 vendas foram ao chão, alguns possivelmente já nos anos 60, como também o recuo das fachadas para a efetivação de um novo PA, que possivelmente nunca será aplicado totalmente. Somente o prédio déco mais a frente, sobrevive, hoje abrigando uma filial das Casas Pedro.
Onde temos as árvores copadas temos hoje o Shopping da Gávea. Ao fundo a mata do Morro dois Irmãos praticamente virgem, sem a favela da Rocinha que desce rumo a Gávea desde os anos 80, de forma descontrolada.
Na rua velhos caminhões estacionados lembram que a região era majoritariamente industrial, mesmo nos anos 50, com a Sudantex ( antigo Cotonifício da Gávea) e os laboratórios Moura Brasil, Park-Daves e Merrel do Brasil  além da enorme Vila Proletária onde está hoje o Planetário, partes da PUC e as pistas da Lagoa-Barra