Desabamento do Morro do Querosene 1962 – Parte III


Essa imagem mostra a enorme área que foi atingida pelo deslocamento da encosta, após o encerramento dos trabalhos
 
Nas imagens abaixo vemos fotos de antes da destruição de um grande trecho da Rua Itapiru e fotos de hoje retiradas do Google.


 

Passados 56 anos vemos que até hoje o tecido urbano do local não se recuperou, e a área de risco manteve a favela longe desse trecho da encosta, onde a vegetação vai se recuperando, embora um grande lixão, perto da antiga escada de acesso mostra que não aprendemos muita coisa e a favelização, não é solução como apregoava o Socialismo Moreno de Brizola.
Mas lendo as antigas edições do Correio da Manhã e do Jornal do Brasil da época do desastre mesmo em pleno Governo Lacerda, tido como a “besta insensível da direita” é patente o populismo assistencialista injetado em nosso estado. Enquanto os proprietários dos imóveis legalizados na Rua Itapiru foram de início obrigados a demolir a suas expensas os imóveis afetados por um desabamento que não deram causa, ais favelados, que contribuíram com o desabamento ao desmatar e abrir valas na encosta para escoar a água da chuva e o esgoto ganharam casas e tiveram toda a assistência por parte do poder público, o que demonstra a assimetria da ação de nossas esferas de governo.
Bem como não houve a mínima fiscalização na construção do edifício de número 1026, que pelo recorte agressivo da encosta causou o estopim definitivo para toda a destruição de uma parte do bairro, e nem a busca de uma indenização dos responsáveis pela construção deste imóvel pelos prejuízos causados à cidade.