Av. Alexandre Ferreira, início da década de 60


Vemos o final da Av. Alexandre Ferreira, praticamente já na fronteira da Lagoa com o Humaitá, endereço de boas casas ocupadas muitas vezes por diplomatas e membros da alta classe média carioca a rua sofria com os problemas habituais, buracos e a falta de manutenção do seu canal, foco de mosquitos e aborrecimento.
Mas a rua tinha suas enormes qualidades, perto da Lagoa, ao lado da condução farta da Rua Jardim Botânico e se aproveitando do frescor das matas que descem da encosta do maciço da Tijuca, nessa época possivelmente todos estavam em compasso de espera para o término das obras do Túnel Rebouças, planejada pela equipe do Plano 100 comandada por Reidy mas em compasso de espera desde o início dos anos 50.
As obras mudariam totalmente a feição do lucar, as praças que vemos ao fundo, de nomes Ricardo Palma e José Mariano Filho, simplesmente desapareceriam para dar lugar a planejada praça de pedágio da linha vermelha, da qual o túnel faz parte, e depois no início dos anos 80 com a construção do viaduto Saint Hilaire, as praças até voltariam com uma grande park way, conjuntamente com a única realmente usada a Prefeito Marcos Tamoyo mais famosa pelo campo de futebol “maconhão”.
Hoje desse ponto as torres da igreja Santa Margarida Maria não podem ser mais vistas, não só pela vegetação, como também pelo viaduto. Hoje a bucólica rua virou um importante corredor de tráfego mas mesmo assim algumas das velhas casas que vemos na foto ainda teimam em sobreviver.