Macacas de auditório

Macacas de auditório em 1952
Ontem a cidade perdeu duas grandes figuras, o professor Nova Monteiro e a cantora Emilinha, uma das Rainhas do Rádio e a preferida da Marinha.
Foram-se dois símbolos, um da dedicação ao serviço público, o professor Nova Monteiro dedicou ao hospital Miguel Couto mais de 60 anos de sua vida e mesmo aposentado continuou tendo gabinete e atendendo todos os que o procuravam.
Já Emilinha significava um tempo romântico do rádio, onde ele ainda era o principal meio de comunicação de massas do país, e até mesmo as modinhas de carnaval eram cantadas em um português assutadoramente correto e a rádio Nacional instalada no topo do edifício A Noite irradiava a descontração carioca para todo o país, descontração essa que muitas vezes era passada por cantores e atores que vieram de longe, pois ser carioca é um estado de espírito não mero atestado de naturalidade.
Vemos então uma cena comum dessa época, as enloquecidas fans, que berravam, se descabelavam, rasgavam as roupas de seus ídolos, paravam o transito e se esganavam por um autógrafo isso muito antes de 4 garotos de Liverpool aparecerem.
Foto da coleção da Radio Nacional