Copacabana, primeira metade dos anos 40

Nessa foto gentilmente enviada pelo amigo e constante colaborador Carlos Ponce de Leon de Paiva vemos em cores a Copacabana mais famosa de todas, a do início dos anos 40.
O bairro já se encontrava praticamente urbanizado, mas não esgotado e predado urbanisticamente, que aconteceu após o fim a II Gerra, onde se construiu totalmente sem controle até os anos 60.
Já tínhamos um razoável número de prédios nos postos IV e V, mostrados pela foto produzida por um fotógrafo que estava no Forte ou no Marimbás.
Podemos identificar quase todos os prédios, indo da esquina da Rua Santa Clara com o Ed. Petrópolis até a Rua Alm Gonçálves, sendo o último prédio da orla do Ed. Mondezir, com suas coberturas originais. É impressionante constatar que nesse longo trecho a orla continha, junto com o recuado Ed. Guarujá e o baixo Hotel Londres de 1919, apenas 09 prédios, e na parte interior do bairro, sendo visto até a altura da Av. Copcabana contamos 2 prédios vizíveis, mas pelos nossos arquivos o número não ultrapassava os da orla.
A comparação com o bairro já esgotado, pelo menos junto ao mar, pouco mais de dez anos após essa imagem é chocante, e mostra o que o bairro poderia ser hoje caso  no início dos anos 50, regras mais restritivas fossem sido implementadas, como descolamento das divisas apartir de certo número de pavimentos e na orla também afastameto da faixa de areia.
Hoje apenas pequeníssimos trechos do bairro de Copacabana, que escaparam da sanha destrutiva  das 4 ondas de demolições mostram o que o bairro seria, caso alguém no passado lesse e aplicasse o parágrafo anterior.

4 comentários em “Copacabana, primeira metade dos anos 40”

  1. Realmente no final dos anos 40 todos podiam ver no que Copacabana se tornaria. Ainda assim foram em frente e entupiram o bairro de prédios e de gente. Simplesmente saturado ao extremo. As soluções para o bairro passam por demolições, mas que é que terá a visão e a coragem de fazer isso. Vamos explorar a Zona Oeste e deixar um rastro de má administração pelo caminho.

  2. Realmente, muita coisa foi destruída em Copacabana e, para isso, já não existe mais remédio.
    No entanto, alguns locais com grande interesse artístico, histórico e turístico permanecem no mais total abandono, revelando o descaso das autoridades com a memória do bairro e da cidade.
    Entre tantos exemplos possíveis, cito o famoso Beco das Garrafas, completamente abandonado, um arremedo do berço que foi da Bossa Nova e de uma estrela do naipe de Elis Regina.
    Não sei se está tombado e se, um dia, quando o for visitar, toparei com uma loja do Blockbuster ou MacDonald’s.

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